O planeta enfrenta mudanças constantes em diversos aspectos. No ambiente e no clima, existe uma crescente pressão sobre os recursos naturais. Do ponto de vista geracional, convivemos com cerca de 8 bilhões de pessoas, representando diferentes idades e perspectivas. Já na esfera cultural, cada geração e grupo apresenta abordagens, comportamentos e estilos de vida distintos.
Essas transformações têm impulsionado debates importantes. Movimentos sociais e culturais vêm se adaptando ao longo das décadas, desde os protestos contra a poluição ambiental nos anos 1960 e 1970, passando pela atuação de ativistas climáticos no início dos anos 2000, até as atuais discussões sobre padrões de consumo, escolhas sustentáveis, o papel das empresas e a redução da pegada de carbono.
Se as gerações dos anos 1950 até 1980 viveram o boom econômico mundial, com a industrialização de vários países, crises de petróleo, guerras, crescimento econômico e populacional quase exponenciais, a geração dos anos 2000 pode ser quem irá resolver e frear a crise climática e ambiental.
Países e regiões vivem diferentes momentos demográficos, a Europa já está lidando com o envelhecimento da sua população e baixas taxas de natalidade, a China que por muitos anos teve a política de filho único, atualmente incentiva que casais tenham mais filhos e países como a Índia continuam crescendo de forma constante.
Ou seja, temos ao mesmo tempo, pelo menos 4 gerações convivendo simultaneamente com aprendizados e realidades distintas que de refletem em sua preocupação e engajamento com a sustentabilidade e meio ambiente.
- Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012)
Esta geração é altamente consciente sobre questões ambientais e sociais. Eles preferem marcas que adotam práticas sustentáveis e estão dispostos a pagar mais por produtos ecológicos. Participam ativamente em movimentos ambientais, como greves climáticas, e utilizam as redes sociais para promover a sustentabilidade.
- Millennials (nascidos entre 1981 e 1996)
Valorizam experiências sobre bens materiais e preferem produtos que refletem seus valores éticos e sua forma de pensar. Utilizam plataformas digitais para se informar e compartilhar práticas sustentáveis, influenciando seus conhecidos.
- Geração X (nascidos entre 1965 e 1980)
Embora preocupados com a sustentabilidade, suas decisões de compra são frequentemente influenciadas pelo custo e pela conveniência, esta geração é mais conservadora que as gerações posteriores. Estão começando a adotar práticas sustentáveis, como reciclagem e uso de energia renovável, mas de forma mais gradual.
- Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964)
Tendem a ser menos preocupados com a sustentabilidade em suas decisões de compra, pois reflete um período baseado no crescimento a qualquer custo. No entanto, muitos estão começando a adotar práticas sustentáveis, especialmente em resposta a preocupações com a saúde e o bem-estar.
Cada geração interage com as preocupações ambientais e de sustentabilidade de formas diferentes. Geralmente Millenials e Geração Z são mais engajados com pautas como mudanças climáticas, reputação de marcas e valorização de boas práticas ESG, mas possuem menor poder de compra que as Gerações Z e Baby Boomers.
Períodos diferentes, contextos específicos e movimentos culturais distintos e temporais levaram a perfis singulares em cada geração. Cada uma possui uma forma diferente de lidar com preocupações ambientais e isso se reflete na abordagem de marcas, padrão de consumo, engajamento econômico e fator decisório nas compras e comportamento socioambiental.
Referências consultadas:
- Novas gerações se preocupam com o meio ambiente – 04/06/2020
- Boomers x millennials: qual das gerações é mais ambientalista?
- How Gen Z’s sustainability concerns are influencing others | World Economic Forum
- Generational differences in climate-related beliefs, risk perceptions and emotions in the UK | Communications Earth & Environment