Desde tempos imemoriais o ser humano olhou para o céu com admiração e curiosidade. Culturas milenares como egípcios, gregos, romanos, astecas e várias outras culturas admiravam os astros celestes e os incluíam em suas culturas, rezas e lendas, como algo místico e inalcançável.
De forma mais recente, o homem ainda tinha o céu como um grande desejo e desafio. Somente ganhou os céus no meio do século XIX e início do século XX, com aeronaves tripuladas, aviões e balões dirigíveis. Passado o início da era da aviação, o espaço sideral passou a ser o grande objetivo e no fim da década de 1960, o ser humano pisou na Lua com a primeira missão Apollo, em 1969.
Atualmente missões espaciais deram lugar ao turismo espacial, missões não tripuladas, veículos em Marte controlados diretamente da Terra, pousos em asteroides e uma possível missão para levar astronautas à Marte próximo do ano de 2040. Mas será esse o limite da corrida espacial?
Certamente não, nos dias atuais, uma nova fronteira se aproxima: a mineração espacial, a busca por recursos naturais em outros planetas, satélites e asteroides. Mas será isso possível? Não, atualmente é uma realidade bem distante, pelo menos algumas décadas no futuro.
Existem asteroides que são ricos em metais como ouro, ferro, platina, níquel. Apenas um asteroide poderia suprir a necessidade da Terra por anos ou décadas. A Lua é rica em um gás chamado Hélio-3, com reservas estimadas em 1 milhão de toneladas e apenas 100 kg podem atender quase a demanda global de energia ao longo de 1 ano, além de grandes reservas de água congelada em seu subsolo.
Outro exemplo é o asteroide Psyche 16, conhecido desde o século XIX, que possui um tamanho de mais de 200 km de diâmetro e reservas estimadas em mais de 10.000 toneladas de ouro e 100.000 toneladas de platina, cifras maiores que todo o PIB mundial.
Mas podemos olhar mais perto, no fundo dos oceanos existem reservas de ouro calculadas na casa dos 20 milhões de toneladas, muito acima das pouco mais de 33 mil toneladas do metal que estão em posse dos maiores países do mundo. O problema da exploração do ouro no fundo dos mares é o mesmo da exploração de recursos no espaço: ainda não temos tecnologia viável para essa exploração e que tenha um custo acessível. O valor das missões para o espaço ou para o fundo dos mares é muito maior que o possível lucro com os minerais, gases ou água.
Entretanto, a maior reflexão é o custo ambiental de cada uma dessas opções. Qual o impacto ambiental que causaremos no fundo dos mares? Ou questões éticas sobre a exploração de minerais em asteroides, planetas e satélites, se nem mesmo aqui na Terra fazemos isso de forma correta, sem impactos sociais e econômicos.
Referências:
Mineração Espacial: A Busca por Recursos Além da Terra – GeoInova
Com a tecnologia, dá para extrair recursos naturais de Marte e habitar o planeta
16 Psique: estudo revela que asteroide de ouro está enferrujando
Por que cientistas dizem que estamos perto de achar vida em outro planeta | Ciência | G1
Mineração espacial: o que a exploração de recursos fora do planeta pode nos proporcionar? – Deviante