A sustentabilidade está cada vez mais presente em nosso cotidiano, não à toa foi uma das palavras mais buscadas no site de pesquisa Google no ano de 2023. Com o passar dos anos o público foi se acostumando com o termo e associando cada vez mais a sua importância e o seu significado, tanto que apresenta altos níveis de busca nos últimos anos, com destaque para os anos de 2022, 2023 e 2024 que tiveram altos índices de interesse pelo termo.
Nos últimos anos vemos outra palavra ganhar destaque relacionado ao tema: a sigla ESG. Desde 2019 a busca pelo verbete aumentou mais de 3500%, conforme o Google Trends, as pessoas estão se familiarizando com os temas, conseguem enxergar o seu contexto no trabalho, na escola, na sociedade e nas conversas com amigos, embora a palavra sustentabilidade ainda seja bem mais reconhecida pelo público em geral.
Cerca de 80% dos consumidores no Brasil esperam que as marcas tenham ações de impacto positivo no meio ambiente e responsabilidade social. Mas como isso tudo tem relação com a economia e com sustentabilidade?
Tanto a sustentabilidade como o seu derivado ESG, tratam do equilíbrio ambiental, social e econômico. Quando não há harmonia entre os três pilares e elos, a equação não está equilibrada e quando não há retorno econômico, ações de responsabilidade social não são financiadas e a gestão ambiental fica em segundo plano. A engrenagem econômica e financeira precisa estar em pleno funcionamento para que pautas sociais, ambientais e de governança sejam implementadas, caso contrário são deixadas em segundo plano.
Apesar de investimentos e compromissos em sustentabilidade serem diferenciais competitivos, pré-requisitos por marcas e governos, valorizar marcas e produtos, quando a economia não vai bem os investimentos ambientais e sociais caem na mesma proporção ou mais, são os primeiros a serem cortados e os últimos a serem retomados.
Os dados podem ser corroborados com os números de crescimento econômico versus o investimento em projetos de ESG e sustentabilidade. Em 2023 a economia da União Europeia cresceu apenas 0,4%, já o PIB estadunidense avançou 2,5%, valores bem abaixo do registrado na série histórica, em contrapartida os investimentos em fundos ESG caíram 7% nos Estados Unidos, reflexo de uma incerteza econômica mundial diante de cenários de guerra e inflação na Europa.
A economia em crescimento e cenários de segurança financeira estimulam grandes empresas, governos e grupos econômicos a investirem em projetos e empresas com negócios sustentáveis, destacam-se principalmente os investimentos em economia de baixo carbono, transição energética, energias renováveis, agricultura regenerativa, economia circular, reciclagem de resíduos e responsabilidade social corporativa.
O cenário econômico estável pode acelerar a sustentabilidade por meio de práticas conscientes, investimentos em tecnologias limpas, valorização de práticas responsáveis e uma abordagem coletiva. O planejamento de empresas, planos de governos e políticas públicas robustas têm o potencial de fortalecer a economia mundial e financiar ações sustentáveis.
Referências:
O que é economia verde e como ela pode melhorar a relação humana com o meio ambiente? | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/financas/investimentos-em-esg-em-wall-street-tem-caido-entenda-por-que/
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/pib-da-zona-euro-e-da-ue-cresceram-04-em-2023
https://www.bloomberglinea.com.br/2023/09/08/na-europa-fundos-tentam-se-adaptar-a-regras-esg-para-evitar-perda-de-investidores/
https://trends.google.com.br/trends/?geo=BR&hl=pt-BR
https://welcome.atlasgov.com/atlas-news/esg-busca-pelo-termo-cresce-mostra-google-trends/
